O Anexo I do Simples Nacional é um dos pilares tributários mais vantajosos para empresas do setor comercial que desejam simplificar o pagamento de impostos e otimizar a gestão financeira.
Se você atua com comércio e quer entender como pagar menos tributos, manter sua empresa regularizada e fazer um bom planejamento tributário, este conteúdo é essencial.
Neste artigo, vamos explicar com detalhes como funciona o regime do Simples Nacional, os principais anexos do Simples Nacional, como utilizar as tabelas do Simples Nacional, as faixas de faturamento e como calcular corretamente a alíquota efetiva para o pagamento do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).
Além disso, você entenderá como uma contabilidade especializada pode transformar a forma como sua empresa lida com o fisco, desde a abertura de empresa até a manutenção do regime tributário mais econômico.
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O que é o Anexo I do Simples Nacional e quem pode se enquadrar
O Simples Nacional é um regime de tributação simplificado regido pela LCP 123/2006 e voltado para micro e pequenas empresas, criado para unificar o recolhimento de impostos em uma única guia, o DAS.
Esse regime é composto por cinco anexos, que organizam as atividades empresariais em categorias distintas, cada uma com alíquotas e regras próprias.
O Anexo I do Simples Nacional é destinado exclusivamente a empresas de comércio, ou seja, aquelas que atuam na compra e revenda de mercadorias — sejam elas físicas, online ou híbridas.
Empresas que se enquadram nesse anexo geralmente possuem CNAEs voltados para atividades comerciais, como lojas de roupas, supermercados, papelarias, e-commerces, entre outros.
A tributação no Anexo I abrange impostos como ICMS, IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e CPP, todos recolhidos por meio do DAS.
A alíquota inicial é de 4% para negócios com faturamento anual de até R$ 180 mil, e aumenta progressivamente conforme o crescimento da receita.
É essencial estar atento ao enquadramento correto para não pagar tributos indevidos nem sofrer penalidades fiscais.
Contar com uma gestão tributária estratégica ajuda a garantir economia, legalidade e competitividade no mercado.
Tabela do Anexo I do Simples Nacional com alíquotas e faixas de faturamento
A tabela do Anexo I do Simples Nacional organiza as alíquotas de tributação para empresas de comércio conforme o faturamento anual.
Faixa | Receita bruta em 12 meses (em R$) | Alíquota | Valor a deduzir (em R$) |
---|---|---|---|
1ª Faixa | Até 180.000,00 | 4,00% | – |
2ª Faixa | De 180.000,01 a 360.000,00 | 7,30% | 5.940,00 |
3ª Faixa | De 360.000,01 a 720.000,00 | 9,50% | 13.860,00 |
4ª Faixa | De 720.000,01 a 1.800.000,00 | 10,70% | 22.500,00 |
5ª Faixa | De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 | 14,30% | 87.300,00 |
6ª Faixa | De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 | 19,00% | 378.000,00 |
Ela é dividida em seis faixas progressivas, partindo de 4% até 11,61%.
Essa progressão acompanha o crescimento da empresa, o que torna o modelo mais justo e adaptável.
Além da alíquota nominal, utiliza-se o cálculo da alíquota efetiva, que considera o valor dedutível em cada faixa.
Essa porcentagem real é que incide sobre o faturamento mensal para definir o valor do DAS.
Os tributos incluídos nesse anexo abrangem o ICMS, PIS, COFINS, IRPJ, CSLL e CPP, simplificando a apuração e o recolhimento.
Com o entendimento correto da tabela, o empresário consegue evitar pagar tributos indevidos e manter a empresa financeiramente saudável.
Uma contabilidade especializada é essencial para acompanhar essas faixas e garantir que a empresa esteja no regime ideal, evitando surpresas fiscais e otimizando os lucros.
Como calcular os impostos no Anexo I do Simples Nacional
O cálculo dos impostos no Anexo I do Simples Nacional é feito com base na receita bruta acumulada dos últimos 12 meses.
A partir daí, aplica-se a alíquota da faixa correspondente, subtrai-se a parcela dedutível e encontra-se a alíquota efetiva, que será aplicada sobre o faturamento do mês.
A fórmula é:
(Receita Bruta x Alíquota Nominal – Parcela a Deduzir) / Receita Bruta = Alíquota Efetiva
Esse percentual define o valor do DAS, que reúne todos os tributos em uma única guia.
Empresas do comércio ainda precisam considerar obrigações como o ICMS, DIFAL em vendas interestaduais e a correta emissão de notas fiscais.
Falhas no cálculo ou na apuração podem gerar multas e impactar diretamente o fluxo de caixa.
Por isso, ter apoio técnico e uma contabilidade que domine as particularidades do Simples Nacional comércio é essencial para garantir a saúde financeira e o crescimento sustentável do negócio.
Atividades permitidas no Anexo I do Simples Nacional segundo o CNAE
As atividades permitidas no Anexo I do Simples Nacional abrangem empresas que atuam no comércio de produtos.
Para estar enquadrado corretamente nesse anexo, é necessário ter um CNAE de comércio, de acordo com a lista oficial permitida pelo regime.
Entre as atividades mais comuns estão:
🔹 Lojas de vestuário
🔹 Supermercados e minimercados
🔹 E-commerces e marketplaces
🔹 Lojas de materiais escolares ou informática
🔹 Atacadistas e distribuidoras
Empresas que exercem outras funções além da revenda de mercadorias, como prestação de serviços, podem ser direcionadas a outros anexos, mesmo que comercializem produtos.
A análise correta do CNAE permitido é um passo essencial para garantir a tributação adequada e evitar recolhimentos indevidos.
Também é importante considerar o impacto do ICMS, DIFAL em vendas interestaduais, além da escrituração contábil obrigatória para esse tipo de empresa.
Contar com profissionais atualizados sobre o regime tributário é o caminho mais seguro para manter a empresa em conformidade e pagar apenas o necessário.
Vantagens e desafios do Anexo I do Simples Nacional para empresas do comércio
O Anexo I do Simples Nacional oferece uma série de vantagens para as empresas comerciais, principalmente no que se refere à simplificação tributária e redução de burocracia.
Vantagens
🔹 Unificação dos impostos em um único documento (DAS)
🔹 Alíquotas iniciais acessíveis
🔹 Procedimentos mais simples para apuração e recolhimento
🔹 Facilidade para micro e pequenas empresas
🔹 Melhora na gestão financeira com controle sobre a carga tributária
Desafios
🔹 Crescimento do faturamento aumenta a alíquota efetiva
🔹 Necessidade de controle rigoroso sobre as faixas
🔹 Riscos de desenquadramento por CNAE incorreto
🔹 Dificuldades em lidar com tributos estaduais como ICMS e DIFAL
🔹 Exige planejamento tributário constante
Apesar desses pontos de atenção, com a estrutura certa e o suporte profissional adequado, é possível maximizar as vantagens e minimizar os riscos do regime.
O mais importante é manter a empresa organizada, com boa gestão contábil e fiscal, e sempre atualizada com as normas vigentes.
Como abrir uma empresa no Simples Nacional para o comércio
Para abrir uma empresa no Simples Nacional voltada ao comércio, é preciso seguir alguns passos importantes que envolvem tanto a estrutura legal quanto a tributária do negócio.
Entre as etapas estão:
-
Escolha do tipo societário e definição da atividade
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Elaboração do contrato social
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Registro na Junta Comercial e obtenção do CNPJ
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Licenciamento na prefeitura e no estado
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Inscrição estadual (obrigatória para comércio)
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Solicitação de opção pelo Simples Nacional
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Implementação de sistema de emissão de notas fiscais
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Início da escrituração contábil obrigatória
É fundamental escolher o CNAE correto já no momento da abertura.
Erros nesse processo podem resultar em tributação incorreta, pagamento elevado de impostos ou até desenquadramento do regime.
O acompanhamento de uma equipe contábil desde o início garante uma jornada mais segura e financeiramente vantajosa.
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